sábado, 22 de dezembro de 2012

Os chinelos da Berrini ou a boa nova da novela das 21h


Primeiro disseram que o mundo iria acabar. Depois que tudo não passava de uma data para marcar um importante recomeço. Mas não estaria o recomeço no raiar de cada dia, ali, meio que na espreita do que as próximas horas poderiam trazer, criar, abrir espaço ou sabe-se lá o que mais diante das infinitas possibilidades que a vida oferece? Pois bem, 2012 não acabou com o mundo. Nos últimos suspiros do ano, as pessoas seguem amando (ou não), trabalhando (ou não), rindo ou chorando, ou rindo e chorando ao mesmo tempo, matando e morrendo por aquele presente de última hora que precisa ser comprado. Seguem paradas no trânsito infernal causado pelas árvores de Natal cada vez mais incríveis (ou não, depende do ponto de vista) que pipocam na cidade e fazem as pessoas sonharem. Com o que? Juro que ainda não decifrei o mistério que faz muita gente tirar foto de árvore de plástico e achar tudo lindo nesta época. Que fique claro: não julgo, acho bonito até. Coisa de gente evoluída. Eu que não cheguei lá, acho. 

Seguimos trombando com a multidão na avenida Paulista, ouvindo relatos tristes de amores que não engataram e celebrando paixões que aconteceram aqui ou ali, do outro lado do mundo. Ou seja, o mundo não acabou, vida que segue igual. Quer dizer, quase igual. Um movimento tem me intrigado lá pelos lados do Brooklin, o bairro dos executivos, onde todo mundo parece falar ao menos três línguas. Todas as manhãs e todas as noites, vejo mulheres impecavelmente vestidas usando chinelos. Sim, é como se elas fossem produzidas em uma fábrica. São chinelos de todos os tipos, a maioria estilo Havaianas. São poucas as que usam transporte público e ainda saem e voltam para casa usando os saltos altíssimos que fazem a trilha sonora ruidosa dos escritórios próximos a Berrini. O lance agora é colocar os sapatos quando já se está próxima do trabalho e tirá-los assim que se ganha a rua na hora de ir embora. Eu não conseguiria. Não sei explicar bem o motivo, mas esse movimento não me pegou. Mas ele existe, forte, organizado e legítimo.

Agora se tem um movimento que tem todo o meu apoio e que penso super em abraçar é o cinto duplo que surgia de vez em quando em editoriais de moda e que passou a bater cartão na casa de todo mundo que tenha paciência para ver ao menos um bloco de "Salve Jorge". Adepta da moda, a personagem de Giovanna Antonelli é o ponto alto fashion da novela. Cada aparição dela alimenta aquela vontade louca de ter um closet igual ao da delegada Helô. Por mim, a trama poderia ser só sobre ela e os cintos, um mais grifado que o outro. Dener certamente aprovaria. Pelo menos, eu acho.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mick Jagger e suas ideias sobre moda

Reprodução
"Atento à moda, Jagger começou a cultivar um visual mais despojado, que aparentasse um certo ar boêmio-urbano-estudantil, influenciado certamente pela pose de estudantes de artes de Keith e Dick. Ele parou de tomar banho regularmente, deixou o cabelo crescer, começou a fumar, talvez na esperança de tornar a voz mais grave. Quando não estava na aula, zanzava pelo Soho vestindo suéteres esfarrapados, jeans apertados e botas", Marc Spitz, em "Jagger, a biografia"

domingo, 2 de dezembro de 2012

Pensamento fashion para um domingo de dezembro

"Não sou linda. Separadamente, minhas características não são perfeitas. Sempre tenho meu cabeleireiro e meu maquiador por perto",





Audrey Hepburn