sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pensamento fashion de Keith Richards


"Tinha o meu próprio uniforme, inverno ou verão: jaqueta Wrangler, camisa púrpura e calças pretas justas. Adquiri a fama de ser impermeável ao frio porque não variava muito o figurino"


Em 'Vida', quando começa a frequentar a escola de artes. Amo muito

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ah, a bota branca...o pior dos crimes fashion


Basta chover ou a temperatura dar uma vacilada para que um dos mais terríveis dos crimes fashion pipoquem por aí. Ah, a bota branca...Quem nunca foi assombrada por uma visão dessas? Deveria ser proibido que uma mulher que não fosse médica ou enfermeira comprasse uma coisa dessas. E acho que deveriam comprovar com diploma e tudo. Caso contrário: detenção fashion. A pessoa seria submetida a doses diárias de bom gosto. O que significa a leitura de uma série de revistas e livros e sessões sistemáticas de alguns clássicos do cinema de moda.


E as botas brancas andam tão audaciosas que elas já existem em modelos plataforma. Algo terrível até mesmo para quem não é lá muito seguidor das tendências da Vogue. Dia desses, vi um modelo em que a plataforma era de madeira toda desenhada. Sério, impossível não olhar e desejar que essa visão não se repita nunca mais. Plataforma acaba com a feminilidade do calçado. Mata qualquer elegância, qualquer look. Encurta as pernas da mulher. Enfim, desastre mais do que anunciado.


Ao lado das pochetes, que mesmo com o aval recente de Marc Jacobs continua um erro, e da barriga de fora, que vira e mexe aparece entre as it girls, as botas brancas deveriam ser banidas da face da Terra. Mas tudo isso é só para ficar a dica. Cada um usa o que quer. A moda é democracia, por isso é tão interessante. Por isso, conta uma história a cada dia. Afinal de contas, em algum momento da vida, a gente comete algum deslize mesmo. Ou sei lá, dá uma embregada. Ninguém está livre disso. Eu confesso que dei uma embregada forte nos últimos tempos. Não de look, mas de entrar numa vibe mais sentimental. Ah, mas aí já é uma outra história. Dener diria que as botas brancas são erro e que a outra história, ah, essa, ele diria que é luxo.


Pensamento fashion para uma sexta-feira sem fim


"O conforto tem formas. O amor tem cores. Uma saia é feita para cruzar as pernas, e uma manga, para cruzar os braços"


Coco Chanel

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pensamento fashion para uma quinta-feira

"A mulher-luxo é capaz de superar o próprio conceito de elegância, é modelo de vida e de comportamento, que não lança a moda, mas a consagra"

Dener, o Luxo

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ele muda a nossa vida


Há uns dois anos, numa época em que trabalhava feito uma louca, criei uma teoria: a "eu mereço". Toda vez que as coisas ficavam muito complicadas e eu só tinha forças para chorar escondida num banheiro localizado na Barão de Limeira, eu me jogava nas compras sem o menor constrangimento. Tudo porque, claro, eu merecia. Dessa fasse, vieram as sombras e batons Givenchy e passeios e mais passeios com Mari Poli no Shopping Iguatemi e no Shopping Higienópolis, algumas vezes antes mesmo de começar o expediente.


Pois bem, no meio de um surto pesado da "eu mereço", resolvi que iria cortar meus cabelos longos. Não dava mais para chegar em casa de madrugada e ter de acordar cedo sabendo que tinha uma vasta cabeleira a ser esticada. Não dava. No meio do trabalho, entre um texto de estreia de cinema e outro, comecei a pesquisar um cabeleireiro estrelado para fazer o serviço. Afinal de contas, eu merecia. Pensei no Wanderley Nunes, bombando por conta de Dona Marisa. Liguei, mas não, ele não me atenderia.
Achei que Celso Kamura seria uma boa. Afinal de contas, Angélica ficava cada dia mais bonita. A atendente me afirmou que Celso sim, ele me atenderia, mas o problema era o horário. A agenda estava lotada. Mesmo assim, fiquei pensando no preço e se talvez não fosse melhor recorrer a um assistente dele. Enquanto ela buscava um horário e eu fingia que estava escrevendo um texto nunca antes publicado nesse Brasil, pedi um tempo para pensar. Fiquei de ligar mais tarde. Era um investimento alto.


Fui consultar minha editora, sempre com uma sábia resposta a me dar. "Carol, se você for no salão do cara você tem de cortar com ele". Era o que eu precisava. Retornei a ligação e marquei para o dia seguinte, às 12h30 - horário que ninguém queria, obviamente. Detalhe: o dia seguinte era dia de reunião de pauta e eu tinha de assistir a um documentário pela manhã.


Acordei cedo e me mandei para o cinema. Por mais interessante que fosse o filme, eu só conseguia pensar em como seria ficar cara a cara com o Celso. Será que ele seria legal? Conversaria comigo? Ou me trataria como uma pobre mortal que ousou pisar no olimpo (ok, exagerei agora, mas achei boa a frase). Sai correndo da pauta e fui para a rua da Consolação. Nervosa, claro. Na hora marcada, estava lá. Mas um atraso de uma hora começou a me deixar tensa. Eu deveria estar no jornal às 13h e com pelo menos duas boas sugestões de capa para a reunião. Reunião de pauta ali era negócio sério.


13h e tantas, um assistente surgiu para lavar meus cabelos. A partir daí, esqueci-me do horário. Deitada numa cadeira maravilhosa, senti meus cabelos sendo lavados como que por uma fada. E ainda depois rolou uma massagem capilar. Até ali já havia valido o investimento. Mais uns 20 minutos e Celso apareceu. De shorts jeans, cabelo trançado e botas estilo montaria. Não demorou cinco minutos para que estivessemos falando de Deus e o mundo e para que meus cabelos ficassem curtos e completamente diferentes.


Fiquei maravilhada com a mudança que se instalou definitivamente depois de uns 40 minutos. Já não era mais eu que estava ali. Na última vez que olhei no relógio eram 14h30. Eu nem lembrava mais de pauta nenhuma. Comecei a pensar em como eu chegaria no jornal: estava atrasada e com cabelos para uma festa. Agradeci feliz o corte e me surpreendi quando o Celso me beijou. Fofo. Nem liguei de deixar bem mais do que imaginava no caixa.


Entrei no jornal como se não estivesse atrasada, como se não tivesse reunião de pauta e como se não estivesse com o cabelo mais ousado que já ostentei. Não deu para passar despercebida. Acabei aplaudida. Vergonha master e não era alheia. Nem um pouco alheia.


Desde então, apelo para o Celso todas as vezes em que "a eu mereço" se manifesta com mais força. E também porque agora me acostumei a ficar com os cabelos do jeito dele. Sempre faceis de arrumar e atuais. Acho que a presidente Dilma não poderia ter escolhido melhor.


Toda vez que entro no salão, o que acontece de cinco em cinco meses, entro com a certeza de que sairei renovada. Renovada nos cabelos e na autoestima. Não foram poucas as vezes que cheguei lá triste e sai radiante. Por essas e outras, Celso está aí, com tudo. E não é a toa: ele não mexe só em nossos cabelos, ele muda a nossa vida e para melhor. Adorooooo. E Dener, o que diria disso tudo? Acho que ele aprovaria, afinal Kamura também é luxo. E glória.


Vale muito a pena: www. ckamura.com.br

Pensamento fashion para um domingo ensolarado

"Mulher de classe usa, por exemplo, um sapato de quinhentos doláres embaixo de um vestido que cobre o sapato todo. Porque o importante é que ela sinta o que está usando"

Dener, O Luxo

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A primeira frase do mestre


"A mulher chique fica bem com qualquer trapinho"


Dener Pamplona de Abreu

Pierre Cardin vem aí

Em novembro, uma grande exposição de fotos, criações e croquis de Pierre Cardin tomará conta do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura). O acervo virá da França. Em cartaz durante um mês, a mostra terá como um dos pontos altos um desfile de peças concebidas pelo estilista. A programação do evento tem sido pensada levando-se em conta que Cardin possa vir ao Brasil participar da homenagem.

Da Coluna Entre a Gente, do JT

Pensamento fashion para uma terça-feira nublada e feliz

"A natureza nos dá o rosto dos 20 anos. A vida modela o dos 30. Mas temos que merecer o rosto dos 50"

Coco Chanel

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pensamento fashion para uma sexta-feira

'Os homens que querem se fazer notar pelas roupas são uns cretinos. As mulheres podem sobreviver a quase todas as formas de ridículo; um homem ridículo está perdido, a menos que seja gênio"

Coco Chanel

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ele é meu cabeleireiro também

Trecho da entrevista de Celso Kamura, exibida no 'Fantástico' no último domingo, dia 2 (aqui vale o crédito para minha amiga Virgínia Garbin, que me mandou o vídeo hoje cedo. Virgínia, aliás, é puro glamour).

O cabeleireiro mais tendência de São Paulo agora é o oficial da presidência da República. Acho chique, mas tenho um certo medinho de não conseguir marcar horário. E preciso dizer: antes de cortar os cabelos de Dilma Rousseff, ele já cortava os meus há pelo menos dois anos. Dener diria com certeza algo sobre isso, mas meus livros referência estão em casa. Vou ficar devendo.


Pensamento fashion da primeira segunda-feira de 2011

"'Onde uma mulher deve usar perfume?' Perguntou-me uma moça. 'Onde ela quiser ser beijada', respondi"

Coco Chanel

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pensamento fashion do dia

"Se me fosse dado escolher, em meio ao amontoado de todos os livros que serão publicados cem anos após a minha morte, um único exemplar, sabe o que eu escolheria? Eu escolheria, tranquilamente, meu amigo, uma revista de moda para ver como as mulheres estarão vestidas um século após meu falecimento. E esses pedacinhos de tecido me diriam mais sobre a humanidade futura do que todos os filósofos, romancistas, pregadores e sábios"

Anatole France (escritor francês, 1844/1924)

Dilma e a moda


Crédito da foto: Roberto Stuckert Filho

Em sua primeira aparição como presidente da República, Dilma Rousseff usou um vestido e um casaquinho discretos e de bom gosto. É preciso dizer que a graça do look estava toda concentrada no top. Tudo sem exagero e, portanto, com menos chance de errar. Em vez de optar pelo vermelho, cor que ela já deve ter percebido que não a favorece em nada, o off white caiu bem, especialmente por ressaltar os cabelos, o rosto bem maquiado e as sobrancelhas perfeitamente desenhadas. Ela ficaria ótima de azul, como já demonstrou em algumas ocasiões, mas azul é a cor da oposição, né?
O problema da roupa da posse estava apenas no tecido escolhido. O do vestido, leve demais, ressaltou uma barriguinha que ela talvez não tenha. Em muitas fotos, principalmente as de lado, lá estava ela com uma silhueta não muito elegante. O melhor seria ter optado por um tecido mais encorpado e escuro para a parte de baixo do look. Se ela tivesse elegido um conjunto de saia e blusa, o resultado seria melhor com certeza. Outro ponto negativo para o tecido do vestido: ao descer do carro que a levou a cerimônia de posse, a peça já estava bem amassada.

Usando sapatos com salto baixo, estilo Sabrina, a presidente demonstrou que a altura e ela não têm muita intimidade e que ela definitivamente não é do tipo que passa horas namorando calçados. Mas não houve nenhum sobressalto, nem mesmo durante as subidas e descidas da rampa nem na passagem diante da guarda.

Dilma se portou bem em sua mais importante aparição até agora. Escolheu bem as joias e principalmente as palavras para seus primeiros discursos. Agora resta esperar para ver como seu estilo vai se adequar ao poder. O guarda-roupa das mulheres poderosas costumam fazer sucesso e ditar moda, vide Michele Obama, Carla Bruni e a Rainha Rania. No passado, Maria Teresa Goulart e Jackie Kennedy foram boas referências.

Mas uma verdade precisa ser dita: todas essas mulheres acompanhavam seus homens no poder. O que tem um peso totalmente diferente. Dilma é a presidente, não a primeira dama. E por essas e outras, é bem provável que ela imprima um visual forte como a da secretária de Estado americano Hillary Clinton e da britânica Margaret Thatcher. Terninhos de corte tradicional e com muita pegada masculina devem imperar. E isso tem até uma explicação quase sociológica. Em um ambiente dominado por homens, as mulheres que querem e precisam se destacar tendem a se aproximar e se parecer mais com eles. Mulheres com tanto poder sentem necessidade de masculinazar o estilo para demonstrar força e, mais do que isso, impor respeito.

Eu só espero, do fundo do coração, que ela tenha momentos de afetação fashion e nos surpreenda com vestidos fabulosos e grifados. Pelo menos de vez em quando. Dener, responsável pelo famoso guarda-roupa de Maria Teresa Goulart, já dizia: "De várias maneiras, os vestidos podem fazer pessoas felizes".