sexta-feira, 26 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eles também vão ficar de pernas de fora


(matéria publicada no Variedades, no Jornal da Tarde, dia 21 de agosto)

A quatro meses do verão se instalar por aqui, as semanas de moda internacionais e nacionais indicam que a estação mais quente do ano, além de braços desnudos, terá muita perna masculina à mostra. Lá fora, a tendência apareceu, entre outras grifes, nas passarelas de Valentino, Dolce & Gabbana e Hermès. Em território nacional, na última edição da São Paulo Fashion Week, os shorts masculinos deram as caras, cheios de bossa e em versões bem usáveis, nos desfiles da Reserva e da Osklen. Presença tímida nas ruas desde o verão passado, os modelos têm tudo para ganhar força neste ano, graças à variedade de seus materiais e modelagens. “Ninguém melhor do que o brasileiro, que é acostumado com praia e calor, para ter toda intimidade com os shorts”, diz a consultora de moda Lilian Pacce. Segundo ela, o uso da peça se espalhará mais facilmente entre os rapazes ligados nas passarelas, mas tem potencial para conquistar também os tipos tradicionais, já que ganhou versões mais “arrumadinhas”. “Aconteceu igual com os modelos femininos. Começou com os mais informais, mas aí vieram shorts com preguinhas, de alfaiataria, e eles ganharam outra cara”, analisa Lilian.

Fã incondicional dos shorts e apaixonado por um modelo branco da Gucci, o consultor e stylist Arlindo Grund diz que está mais do que na hora do brasileiro se render à curta-metragem da peça. “Os shorts são super usáveis e deveriam estar no guarda-roupa masculino há tempos, por causa do nosso clima. Muitas vezes, os homens ficam só na calça cáqui, nos docksides (versão esportiva do mocassim), na camisa azul e no blazer preto, sem abrir a cabeça para a moda”, emenda o stylist.

O fato de os especialistas aprovarem as pernas de fora não significa, no entanto, que os shorts são fáceis de usar. Pelo contrário: é necessário ter atenção para que a peça não ultrapasse a linha do bom senso. “Tem de tomar cuidado para não ficar vulgar”, alerta Lilian. E para que isso não aconteça, é preciso ter em mente que os shorts, ainda que sejam de alfaiataria e estejam acompanhados de bons acessórios, não transitam facilmente do lazer para o ambiente de trabalho. “A não ser que o rapaz tenha uma profissão bem informal, como produtor de moda, por exemplo. O erro e a vulgaridade ocorrem quando se usa em um ambiente inadequado”, completa Grund.

E para fugir de qualquer inadequação, vale lembrar ainda que os shorts têm tudo a ver com homens altos e magros, o que não impede que os baixinhos e gordinhos embarquem na tendência. Para isso, basta prestar atenção a alguns detalhes. Entre eles, o de que os shorts podem diminuir visualmente a silhueta, encurtando a perna. Quem está acima do peso deve optar por uma peça escura e que não fique afunilada. Os magros que não desejarem parecer alongados demais podem usar modelos mais claros. Consultora de imagem e personal stylist, Andrea Muniz diz que o importante, acima de tudo, é que o homem não tenha problemas em mostrar o corpo. E recomenda: “os shorts mais curtos ficam melhor nos jovens”.

Fashionista e apresentador do programa 'Universo da Moda' (Mega TV), Max Fivelinha diz que as sandálias de couro são uma das opções mais bacanas para acompanhar os shorts masculinos. Lilian Pacce concorda: “Desde que seja uma boa sandália, fechada atrás. Um mocassim sem meia também cai bem”. Para os que não têm medo de novidades, Grund indica as espadrilhas (calçados com solado de corda) masculinas. Para criar um look harmônico, um bom acompanhamento na parte de cima é fundamental. E aí vale a regra: pernas à mostra pedem tops mais cobertos. Polos, camisas ou uma camiseta estruturada dão conta do recado. (Ana Carolina Rodrigues)

domingo, 21 de agosto de 2011

Um sonho de figurino


Indicado ao Oscar deste ano na categoria figurino - prêmio que não levou - 'Um Sonho de Amor', longa italiano protagonizado por Tilda Swinton, é muito mais do que um desfilar de lindas roupas. É um drama familiar daqueles, em que ninguém sentado ao redor da rica e bela mesa de jantar é o que aparenta ser. E as máscaras vão caindo à medida que a narrativa de Luca Guadagnino fica mais densa, e as imagens, mais interessantes. Ainda que não seja a única coisa que chama a atenção na tela, o figurino composto por peças de Fendi e Jil Sander é de fazer sonhar. E de deixar Tilda mais linda a cada aparição. Não dá para não sair do cinema louca por um guarda-roupa minimalista e elegante como o de Emma. Dener amaria, lógico.






sábado, 20 de agosto de 2011

Tal pai, tal filha



Que Kirsten Dunst é linda não há dúvidas. Assim como é óbvio seu talento como atriz, mas que ela me desculpe. 'Melancolia' é o filme de Charlotte Gainsboug. Dona de uma beleza nada convencional - assim como a do pai, Serge Gainsbourg -, Charlotte é a personificação do cool. Tudo nela fica bem. E o tudo muita vezes é o mínimo possível, como uma calça jeans qualquer (e até mesmo surrada) acompanhada por uma blusa fluida desabada. Ela não precisa de muito figurino para transmitir uma personalidade interessante e cheia de nuances, que transcende seu posto de ícone fashion, passando por suas belas atuações no cinema e na música. Para mim, ela traz consigo um pouco de Patti Smith.




Em 'Melancolia', Charlotte se coloca como figura pertubada e pertubadora desde a parte dedicada à personagem de Kirsten. Ainda que ela não se mostre por inteiro no primeiro bloco do filme, sabemos que hora menos hora alguma coisa vai tirá-la do sério. E isso é demonstrado em pequenas ações, olhares perdidos e muitas sutilezas.



Quando o capítulo dedicado à sua história começa, lá está ela pronta para escancarar o que sua beleza nada óbvia - ou talvez até a ausência de encantos visuais imediatos -deixa explícito. A filha de Gainsbourg é puro talento. É pura atitude. E, aos meus olhos, a figura mais cool e interessante no cinema atual. Dener, ah, acho que ele amaria Charlotte. Gente interessante sempre o impressionou. Sábio homem.

Pensamento fashion de Jessica Chastain

"I'm one of those people who get energy from beautiful clothes. I immediately feel like a new person"

Na 'Vogue' americana, agosto

domingo, 14 de agosto de 2011

Sean Penn: fundamental



Toda vez que vejo Sean Penn me lembro de uma biografia imensa da Madonna que li na época de sua última turnê pelo Brasil. Era um catatau com uma série de histórias daquelas que a gente adora acreditar mesmo sabendo que há uma grande chance de ser um belo apanhado de factóides criado por alguém disposto a vender muitos e muitos livros. Independentemente de ser verdade ou não, um capítulo contava que numa ocasião Madonna estava enloquecida em casa, doida para sair. Cansado dos acessos da mulher, Sean Penn teria a jogado no chão da cozinha e se sentado nela para impedir que a cantora saísse.


Pois bem, esse não é o tipo de comportamento que a imagem de Sean Penn me passa, por isso mesmo acho bem curioso e considero a hipótese de ser uma grande mentira. A imagem que ele me passa é exatamente a que ele estampa lindamente em 'A Árvore da Vida'. No denso filme de Terrence Malick, Penn é mais um dos personagens que gravitam entre grandes questões da natureza, família e religião. Mas ainda assim, sem qualquer apelo sexy e dividindo a cena com um Brad Pitt ora bonito ora envelhecido, Penn é o retrato da virilidade.



Sempre de terno escuro e bem cortado, ele aparece e pronto. Tudo nele é cool, as rugas cada vez mais expressivas e o olhar carregado. O cabelo desarrumado, o andar meio sem rumo. Ainda que ele tenha mesmo impedido Madonna de sair de casa usando um método nada elegante como o descrito no livro, Sean Penn é o retrato do homem que envelhece bem sem perder o frescor, a identidade e o estilo. Dener, bem, tenho para mim que Dener mataria e morreria por Sean Penn, mas isso ninguém nunca vai saber. O que dá para saber com certeza é que não dá para não amar cada ruguinha e cada aparição do ator e diretor. Brad Pitt que me perdoe, mas o Sean Penn que é fundamental.

Pensamento fashion de Pedro Lourenço



"Repito sempre: 'se o homem foi à Lua, pode fazer o que quiser com um pedaço de tecido"


em entrevista à 'Vogue', de agosto

sábado, 6 de agosto de 2011

Sim, ele está por todos os lados

Eu bem achei que tudo não passava de mais um boato fashion, daqueles que a gente vive ouvindo por aí e que fazem questão de alarmar uma possível volta da pochete e da calça semi bag, por exemplo. Nem mesmo a reportagem da 'Vogue' deste mês sobre a volta do escarpim branco havia me convencido de que o calçado iria mesmo dar as caras no verão 2012. Mas não é que na Oscar Freire todas as lojas tem um escarpim branco para chamar de seu? Primeiro levei um susto, depois fiquei pensando em quem teve a ideia de resgatar tal modelo e, quando eu já estava na Corello, confesso, fiquei tentada a ter um para combinar com um vestido ajustado e bem romântico. Fiquei só na vontade. Mesmo com todo o aval fashion, eu acho sapato branco ainda muito audacioso. Coisa para gente bem corajosa. Dener, ah, eu acho que ele aprovaria porque gostava de um certo exagero. Certeza mesmo, só uma: escarpim branco vai pegar no verão, seja lá isso bom ou não.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não tem como não amar os sapatos Louboutin

Eles são caros, mas só de olhar para eles dá para ver que valem cada centavo. Um sapato desses muda um look, um dia, uma semana, e quem sabe, uma vida toda.

Pensamento fashion de Costanza Pascolato

"A verdadeira elegância está mais contida - com mais refinamento, graça e frescor - e vai na contramão da ostentação para determinar o novo 'grande luxo' que, por ser raro e sutil, é essencialmente subversivo"

Na 'Vogue' de agosto