domingo, 14 de agosto de 2011

Sean Penn: fundamental



Toda vez que vejo Sean Penn me lembro de uma biografia imensa da Madonna que li na época de sua última turnê pelo Brasil. Era um catatau com uma série de histórias daquelas que a gente adora acreditar mesmo sabendo que há uma grande chance de ser um belo apanhado de factóides criado por alguém disposto a vender muitos e muitos livros. Independentemente de ser verdade ou não, um capítulo contava que numa ocasião Madonna estava enloquecida em casa, doida para sair. Cansado dos acessos da mulher, Sean Penn teria a jogado no chão da cozinha e se sentado nela para impedir que a cantora saísse.


Pois bem, esse não é o tipo de comportamento que a imagem de Sean Penn me passa, por isso mesmo acho bem curioso e considero a hipótese de ser uma grande mentira. A imagem que ele me passa é exatamente a que ele estampa lindamente em 'A Árvore da Vida'. No denso filme de Terrence Malick, Penn é mais um dos personagens que gravitam entre grandes questões da natureza, família e religião. Mas ainda assim, sem qualquer apelo sexy e dividindo a cena com um Brad Pitt ora bonito ora envelhecido, Penn é o retrato da virilidade.



Sempre de terno escuro e bem cortado, ele aparece e pronto. Tudo nele é cool, as rugas cada vez mais expressivas e o olhar carregado. O cabelo desarrumado, o andar meio sem rumo. Ainda que ele tenha mesmo impedido Madonna de sair de casa usando um método nada elegante como o descrito no livro, Sean Penn é o retrato do homem que envelhece bem sem perder o frescor, a identidade e o estilo. Dener, bem, tenho para mim que Dener mataria e morreria por Sean Penn, mas isso ninguém nunca vai saber. O que dá para saber com certeza é que não dá para não amar cada ruguinha e cada aparição do ator e diretor. Brad Pitt que me perdoe, mas o Sean Penn que é fundamental.

Nenhum comentário:

Postar um comentário