terça-feira, 15 de novembro de 2011

Poderosos desperdícios fashion


(cabelo incrível, mas o resto...)
Aí um dia alguém disse que para se dar bem no trabalho era fundamental a mulher estar bem vestida. Outro alguém deve ter completado dizendo que quanto mais sóbrio o look melhor. Um terceiro personagem, um pouco mais sisudo, provavelmente postulou que quanto mais parecida com um homem mais a mulher estaria em pé de igualdade com o sexo oposto. Acho até que tem bem um fundo de verdade nisso tudo, principalmente quando o assunto são cargos relacionados ao poder. É preciso ter um ar mais sério mesmo para que uma mulher se destaque em um meio predominantemente masculino, mas eu juro, não aguento mais os terninhos da Angela Merkel, da Christine Lagarde, da Hillary Clinton e da Dilma. A Hillary é de longe a rainha dos piores looks do poder.


(se o azul piscina fica bem em alguém ainda não me avisaram)
Não contente com os terninhos pretos, ela tem um modelo azul piscina capaz de deflagrar uma guerra fashion mundial. Eu não sei quem é que resolveu costurar terninhos coloridos. É crime, daqueles que condenam a 15 anos de reclusão em uma loja de fast fashion em liquidação de Natal, sem direito a troca das peças compradas. A Lagarde, dona de uma cabeleira das mais descoladas do mundo, é a que se sai melhor, mas há dias em que apenas os cabelos incríveis não conseguem salvar. E eu bem sei que a Alemanha não vive seus melhores dias, mas Angela Merkel, por favor, nem um brinquinho?

Imagina o que deve ter de gente querendo vestir essas mulheres com as melhores grifes do mundo. No lugar delas, eu não conseguiria dormir pensando com que roupa eu discursaria na ONU e certamente tentaria fazer com que minha fala fosse noturna, assim poderia eleger uma peça cheia de bossa. A Dilma, bem, a Dilma até agora não se aventurou a fazer nada de novo. E olha que o Celso Kamura acaba de voltar do Japão cheio de ideias, mas a presidente segue firme e forte (assim como seu penteado bem seguro com spray) com seu estilo austero, poucas cores e pouquíssimas saias. Acho uma pena. Uma pena fashion.

Livros e mais livros de moda ensinam que não é preciso muito para deixar o estilo clássico, queridinho das poderosas, com um aspecto mais interessante. Os tecidos podem ganhar novas texturas, os acessórios, mesmo os brinquinhos, formas diferentes. Pontos de cores, como sapatos de tons intensos, também mudam o look, dão mais leveza e alegria. Dener, bem, Dener certamente acharia que as poderosas senhoras do momento ousam pouco e tentaria deixá-las mais descoladas, do seu jeitinho, é claro. E ele daria um jeito fácil, porque terninho e poder não constavam em sua lista de cafonices. De poder ele bem gostava, na verdade. Dizia ele: "Sinônimos de cafonice: calça justa de helanca, sapato e vestido de vedete, amor ao meio-dia. Agnaldo Rayol cantando ópera, pulseira sobre luva, feijoada aos sábados, maquiagem em praia, festa de boate, sair em coluna social, mulher gorda de biquíni, terno branco à noite, peças brasonadas de outras famílias, gumex no cabelo, bicha velha e pobre" (de 'Bordados da Fama - Uma Biografia de Dener'). Assim, não dá mesmo para não amar.

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