domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ah, Ney Matogrosso


Que Ney Matogrosso foi e é um ícone de moda não é nenhuma novidade. Prestes a completar 70 anos e no auge de sua performance artística, ele retornou a São Paulo. Três shows apenas. Quase duas horas de apresentação. Quase. Pouco, pouco, pouco. Suficiente, no entanto, para perceber que ele continua sendo o artista brasileiro que mais atitude de palco tem.


Vestindo calças e blazer claros, peças que mais parecem terem sido costuradas em seu corpo, tamanha a perfeição de seus caimentos, ele enche o palco. Enche o palco de informação de moda com movimentos graciosos, contidos e calculados. Lindo, lindo, lindo de ver. Maravilha de ouvir.


Vendo ele ali, dissecando "Beijo Bandido", faixa a faixa, acabei imaginando-o abrindo e fechando um desfile. Ney na passarela, atração máxima de uma coleção que não precisaria de nada para se espalhar pelos blogs, colunas e revistas de moda mundo a fora. Olhando para ele lá em cima, e eu dançando contidamente lá embaixo, pensando e sentindo tanta coisa, desejei ter um pouco do talento dele. E também sua capacidade de encher um palco, ainda que ele quase nada se movimente, e chamar para mim a atenção de centenas de pessoas.


Não sei se Dener e Ney se cruzaram em algum momento, mas acho que isso é bem possível. Imagino que eles se dariam bem e que Dener poderia até lhe fazer um figurino. Afinal de contas, Ney Matogrosso é puro luxo!

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