domingo, 31 de julho de 2011

O linda e loira dela é verdade, não é nada bordão não

(roubei a foto do face, mesmo. é meu jeitinho)

O ano era 2010, o mês, não lembro. Só sei que a Mariana Maziero tinha convites para uma comédia estrelada pela Mônica Martelli no teatro do shopping Frei Caneca. Antes de sairmos para ver a peça, num domingo, havíamos combinado de fazer uns testes com a calça boyfriend que ela havia comprado há pouco. Naquela época, não me lembro o mês, a moda respirava com toda a força as influências masculinas e as roupas tinham por obrigação ter a pegada "saída do guarda-roupa do namorado". Claro que a calça ficou incrível nela, como acontece com todo o resto que ela veste, mas a gente se empolgou pensando em possíveis combinações. Perdemos a hora mesmo e perdemos também a peça da Martelli, mas com jeitinho conseguimos trocar os convites para ver 'Amigas, pero no mucho', que acabei achando depois ter sido um ótimo negócio.

Muito antes desse desafio fashion, em 2009, a Maza me levou numa manhã, antes do trabalho, para conhecer um roteiro de compras esperto que ela havia descoberto no centro da cidade. Nos encontramos cedinho, ela, animada, eu, meio sem ter certeza de que acharia alguma coisa em lugares em que nunca havia estado. Não sei se levou mais do que meia hora para eu ter certeza de que achar sapatos incríveis por R$ 39 era a tradução da felicidade possível numa época marcada por tantas instabilidades. Duas bolsas, um par de ankle boots lilás, um vestido e um short de alfaiataria depois, eu já considerava a Maza uma espécie de guru das boas compras da cidade. Eu nunca teria minha ankle boots lilás sem a ajuda dela, até porque para comprar um calçado desse a gente precisa ter ao lado alguém em quem realmente podemos confiar. Não dá para comprar bota roxa sozinha, sem um aval confiável. É uma compra muito audaciosa.

Mas não é só de boas compras que a Maza entende. Ela entende muito de amizade também. Durante um bom tempo, ela esteve literalmente ao meu lado, sentada por horas numa rotina bem cheia de trabalho. Dividíamos os telefones dos famosos, as páginas de novela, e durante algum tempo, sempre perto das 19h, um pacote de Fandangos. Não sei bem porque isso começou, mas lembro que tinha uma explicação que deixava o ato quase saudável: a gente sempre achava que nessa hora nossa pressão estava baixa e precisávamos do sal do salgadinho para deixar a saúde ok. Era balela com certeza. Um dia, caímos na real e paramos. Assim como paramos de pedir para entregar na Barão de Limeira saladas e batatas com bacon e cheddar do América.

Na onda do famoso "nós merecemos", tenho certeza de que pelo menos umas dez vezes gastamos num dia de América mais do que ganhamos naquelas 24 horas. Uma vez dividimos um sentimento meio sem nome e bem sem explicação ao descobrir que uma capa havia caído vinte para a 0h de uma sexta-feira. Eu certamente quis chorar, ela não: caiu numa gargalhada sem fim e, como por milagre, conseguimos transformar uma matéria em capa em uma hora e meia. E ironia: fomos felizes felizes para casa.

Felizes - até demais, talvez -também estávamos no dia em que perdemos o carro na rua Augusta depois de umas cervejas no Vitrine. O estacionamento simplesmente sumiu, e a gente subia e descia a rua e nada. Nenhum lampejo de lembrança. Quando Deus pareceu ter colocado o estacionamento de novo em seu devido lugar, a gente só conseguiu rir pelas próximas duas horas. E até uma lombada que surgiu do nada no caminho virou piada. Terça-feira passada, a lombada apareceu de novo no nosso caminho, exatamente como naquele dia, e eu fiquei grata por nada em nossa amizade ter mudado nesses anos. Nos vemos menos, é verdade. Mas estamos juntas quando realmente é preciso.

Mariana Maziero não é tendência apenas por ser linda e loira - o que é bordão, no caso dela é pura realidade -, por saber usar vestidos estampados como ninguém ou por manter um jeito de menina que dá a ela um frescor cool. Ela é tendência também por estar sempre lá, seja o lá onde for, para te dar um abraço apertado, daqueles que fazem a gente se sentir em casa, segura outra vez. Dener, ah, eu sei o que Dener diria sobre a Maza: "mulher luxo", com certeza. Dizia ele: "as mulheres luxo são as que têm tudo que as elegantes têm e um quê a mais". Concordo.

2 comentários:

  1. Ai que linda, Carolzinhaaaaa. Chorei, ok. Acho que era a ideia, né!? Amo cada história que vc contou. Não sabia que seria tão bom quando sentei ao seu lado no trabalho pela primeira vez!

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