sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sim, a Pakalolo está entre nós (e pode estar em nosso guarda-roupa, escondida)



Eu não gosto de moletom, muito menos de frio. Sempre achei - e continuo achando - o moletom o tecido com maior capacidade de derrubar um look. Não tem estrutura nenhuma e não faz nada por qualquer tipo de corpo que seja. Tudo bem que ele viveu e vive momentos fashion, gosto dos casaquinhos do material. Mas ainda assim, é moletom. Não posso negar, no entanto, que ele esquenta. E muito.


Foi por conta disso que há uns dois anos, entrei em uma loja de malhas para comprar algumas blusas de moletom para usar debaixo de um casaco pesado ou que eu pudesse eventualmente usar em casa. Acabei optando por dois modelos coloridos. Como as peças estavam bem longe de qualquer desejo fashion que eu pudesse ter naquele momento - e no atual também-, peguei as que gostei, paguei e fui embora. Sem me importar muito.


Tudo isso para dizer que todo esse tempo depois, estranhei uma das etiquetas de um dos agasalhos. Na verdade, ela pareceu familiar em algum momento e tive uma surpresa: Pakalolo. Sim, Pakalolo, aquela marca que foi o primeiro desejo fashion de muita gente nos anos 80 e 90. Eu mesma matava e morria para ter qualquer coisa da marca, mas não tive muito sucesso nessa empreitada. O mais perto que cheguei dela foi com uma tiara, um arquinho, com a tal da marquinha verde limão. Na época, eu batia o pé e queria muito, mas minha mãe, com o argumento de que eu "ia à escola para estudar, não para desfilar", matou qualquer possibilidade de eu ter aquelas blusas chamativas e coloridas e os famosos camisetões que faziam sucesso nas festinhas da meninada do Colégio Metodista.


Hoje, só posso agradecer por olhar fotos daquele tempo e não dar de cara com aquele horror todo. O fato é que a Pakalolo voltou em 2009 a ter lojas próprias, antes circulava apenas em multimarcas. A Pakalolo de hoje não tem a mesma força do passado, o que eu avalio até de forma positiva. E mais: espero que um dia, sem querer, tope com alguma peça da Chanel, assim como uma essa da Pakalolo que apareceu meio que do nada. Mas acho - ou melhor, tenho muita certeza - de que nesse caso a surpresa vai ser bem maior e, com certeza, melhor. Ah, Dener amaria dar de cara com peças Chanel. Se tem uma coisa que ele respeitava era a senhora Gabrielle. Quanto a Pakalolo, ainda bem que ele já não estava mais aqui para ver aqueles camisetões e prendedores de cabelo que, numa comparação, deixam o lenço palestino até simpático.

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