sábado, 23 de abril de 2011

Com dois Ds e L de laranja




Moda vai e vem e todo mundo sabe disso. Se hoje a oncinha, ou as animal prints, como queiram, estão em todas as vitrines, já houve um momento em que a estampa de bicho foi considerada um exagero. E não faz muito tempo que isso aconteceu. Há uns três anos quando investi na primeira peça totalmente no mood animal muita gente não entendeu. Nem eu, para ser bem sincera. Anteontem, fui com a blusinha ao cinema e qualquer um poderia jurar que havia comprado nessa semana. Tudo isso para dizer que as peças que um dia já foram usadas vão voltar em algum momento. Claro, com algumas modificações, mas com a mesma essência.




Mas muito mais legal do que voltar a apostar numa peça ou estilo do passado que passou por algumas modificações é conseguir usar peças realmente antigas. Roupas que tenham uma história e que carreguem muito mais do que uma tendência. E isso a gente percebe de longe. Já faz alguns dias (sim, esse post deveria ter sido escrito há umas três semanas), Juliana Faddul foi trabalhar com um pretinho básico, um bom LBD, mas quem roubou a cena foi um coletinho de renda nude que ela trazia por cima do vestido. De cara dava para ver que era algo especial. Perguntei. A peça pertenceu a avó da Juh e data da década de 1920. Década de 20, por acaso, a época em que o vestido tubinho foi criado, época em que as mulheres adotaram os cabelos curtos e penteados simples. Talvez a primeira vez que o minimalismo fashion deu as caras, mesmo ninguém sabendo exatamente o que isso significaria mais tarde.




Bom, a Juh acertou mais uma vez. É preciso que se diga que ela acerta sempre. Dona de uma beleza natural, tranquila e bem humorada, Juliana Faddul (com dois Ds e L de laranja) fica bem com qualquer estilo que decide adotar. Do rock ao lady like. Não é difícil de entender. Não é a Juh que se adapta a moda e sim o contrário. Quem tem dúvidas de que um sorriso pode mudar um dia e deixar tudo melhor ao redor não conhece a Juh. Isso é para poucas. Assim como poucas ou nenhuma pessoa além da Juh se apresentaria como "sou uma fofa" ou "sou um capeta em forma de guri". Com seu jeitinho, Juliana muda os dias e a moda, deixando tudo mais leve e mais alegre.




Faz mais de um ano que convivo diariamente com ela e só em duas ocasiões a vi realmente triste. Se isso não é tendência, eu juro, não sei o que é. Dias desses, cheguei para trabalhar e havia uma cartinha manuscrita da Juh na minha mesa, com um aviso. "cuidado, carta fofuxa". Li, chorei e ri, tudo ao mesmo tempo. Pessoas com o estilo, humor e jeito da Juh são tendência e definitivamente nunca sairão de moda. Ainda que a calça branca, o tamanco e a pochete sejam reabilitados. Nada, nada vai tirar o brilho fashion de gente assim. Dener, ah, Dener amaria a Juh e certeza que Billy (cachorrinho dela) e a Fedra (nem preciso falar de quem era a cadela dinamarquesa) seriam ótimos amigos.

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